segunda-feira, 19 de junho de 2017

ponto fuga - des-soneto





Ponto fuga




Onde antes não havia um quando

quase nunca se pensava um tempo perto da cidade

se ouvia sobre que sempre a tarde era tão quente

mesmo noite já se fazia forte toda luz

em demasia fonte a sombra esconde e não escolhe cor em ponto

fuga

tão distante o olho na mira certa engana o gesto curto que

acorda o sono

boca e bala dedo em riste a mente plana

língua e letra mordem o susto

de barriga cheia

quebra o vento e engole o medo.


                                      Kleber Alexandre

Nenhum comentário:

Postar um comentário